Queridos Pais,
Os vossos filhos vão iniciar este ano a Catequese.
Connosco vão descobrir quem é Jesus, esse Amigo que está sempre presente, que gosta muito de nós e que por isso quer que sejamos sempre felizes.
Vamos apresentar-lhes um Amigo sempre pronto a escutar as nossas alegrias e tristezas e disponível para nos ajudar!
No entanto, o trabalho dos Catequistas durante 1 hora por semana não é suficiente... é preciso entender que a Catequese sem a vivência em Família, não dá frutos.
Assim, contamos com a vossa participação activa, acompanhando os vossos filhos, conversando com eles sobre o que se passa na Catequese, vivendo e ajudando-os a viver como Cristãos e rezando em família.
Bom Ano de Catequese
O dia 22 e 23 de Setembro marca o início da caminhada na catequese. O acolhimento foi inovador e com a marca do nosso pároco Pe. Francisco.
Sábado 22. Hora 16.30. As crianças que pela primeira vez vão frequentar a catequese encontravam-se na igreja com os seus pais. No início da eucaristia o sr. Pe. Francisco chamou as crianças uma a uma e foram apadrinhadas pelos adolescentes que as acompanharam aos lugares da frente.
Foi o primeiro contacto das crianças com o sr. Padre, com os catequistas e com toda a comunidade.
Por achar que a leitura do evangelho e a homilía do sr. Padre tem tudo a ver com o acontecimento desse dia aqui reproduzo na integra.
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus e os seus discípulos caminhavam através da Galileia. Jesus não queria que ninguém o soubesse, porque ensinava os discípulos, dizendo-lhes: «O Filho do homem vai ser entregue às mãos dos homens, que vão matá-l’O; mas Ele, três dias depois de morto, ressuscitará». Os discípulos não compreendiam aquelas palavras e tinham medo de O interrogar. Quando chegaram a Cafarnaum e já estavam em casa, Jesus perguntou-lhes: «Que discutíeis no caminho?». Eles ficaram calados, porque tinham discutido uns com os outros sobre qual deles era o maior. Então, Jesus sentou-Se, chamou os Doze e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos». E, tomando uma criança, colocou-a no meio deles, abraçou-a e disse-lhes: «Quem receber uma destas crianças em meu nome é a Mim que recebe; e quem Me receber não Me recebe a Mim, mas Àquele que Me enviou».
Palavra da salvação
Homilía:
25º Domingo Comum - Ano B (2012)
Quem receber uma destas crianças, em meu nome, é a Mim que recebe! (Mc.9,37)
Que pontaria não tem a Liturgia ao propor-nos a escuta deste evangelho, e precisamente neste domingo, em que a nossa igreja, se voltou a encher de tantas crianças, para mais um ano de catequese! Recebemo-las, com imensa alegria, como quem recebe Jesus! Mesmo perante as dificuldades cada vez maiores, na arte de educar, e sobretudo de educar na fé, não faltam pessoas generosas, que desgastam a sua vida, junto das crianças, num trabalho educativo, que é, por certo, um dos maiores contributos, que se pode dar à construção de um futuro melhor. E os educadores cristãos fazem-no, recordando que «quem recebe uma criança em nome de Jesus, é a Ele que recebe» (Mc.9,37)
Mas, talvez muitos de nós, nos tenhamos convencido, demasiado depressa, que elas vieram, para aprender uma doutrina, como se a fé fosse um curso. E que a nós, nos competirá exclusivamente instruir, ensinar, corrigir. Mas Jesus, no evangelho de hoje, parece trocar os papéis e dizer-nos que o caminho é outro: a educação, e mais ainda a educação da fé, não é um curso que se dá ou se tira em alguns anos. É um percurso que se faz, em comum, e por toda a vida. Mais ainda, Jesus vem dizer-nos, que em cada criança que se quer educar, há um mestre de sabedoria, de quem é preciso aproximar-se, e com quem é preciso aprender e caminhar contínua e conjuntamente.
Numa palavra: para educar uma criança, é preciso saber acolhê-la, recebê-la com amor. Não é fácil para nós, aproximarmo-nos realmente das crianças! O seu olhar e os seus gestos espontâneos desarmam-nos.. Não lhes podemos falar dos nossos lucros, nem das nossas contas correntes. Não entendem os nossos cálculos e as nossas hipocrisias. Par nos aproximarmos delas, teríamos que voltar a apreciar as coisas simples da vida, aprender de novo a ser felizes, sem possuir muitas coisas, amar com entusiasmo a vida e todo o ser vivi. Na criança, espelha-se bem aquela sabedoria do alto, que é "pura, pacífica, compreensiva e generosa, imparcial e sem hipocrisia" (Tg.3,17)
Por isso é bem mais fácil tratar a criança como um pequeno computador, que alimentamos de dados, do que aproximarmo-nos dela, para abrir os seus olhos e o seu coração a tudo o que é bom, belo e verdadeiro. É mais cómodo sobrecarregá-la de atividades escolares e extracurriculares, do que acompanhá-la na descoberta da vida! Os próprios educadores correm hoje o risco de se converterem em «processadores de informação», mais do que em «mestres de vida». Só educadores, que sabem escutar as perguntas importantes da criança para lhe apresentar com humildade as próprias convicções, podem ajudá-la a crescer. Só educadores que sabem intuir a solidão de tantas crianças, para lhe oferecerem o seu acolhimento carinhoso e firme, podem despertar nelas o amor verdadeiro à vida. Talvez hoje, mais do que nunca, «as crianças devem ter muita paciência com os adultos» (A. de Saint Exupéry), pois não encontram em nós a compreensão, o respeito, a amizade e o acolhimento que procuram.
E, especialmente, quando se trata de educar na fé, já “não bastam meros dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas da fé. Ora a testemunha é alguém que vive primeiro o caminho que propõe” (Bento XVI). E que sabe fazer caminho com o outro, deixando que a fé se torne companheira da vida de ambos! “Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor, são capazes de abrir o coração e a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela vida que não tem fim” (PF 15)